Portugal abriu uma nova esperança para muitas famílias brasileiras e de outros países que estão vivendo um dilema: como regularizar a situação dos seus filhos no país. A partir de hoje, 23 de fevereiro, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (Aima) está facilitando o processo para que crianças e adolescentes entre 5 e 15 anos, que ainda não têm a documentação necessária, possam finalmente obter a autorização de residência.

Essa novidade é especialmente importante para aquelas famílias que chegaram em Portugal em busca de uma vida melhor, mas enfrentaram obstáculos para regularizar a situação de todos os seus membros. Até agora, muitos conseguiram ajustar a situação de pelo menos um adulto, mas as crianças e os adolescentes ficavam em uma espécie de limbo legal, sem poderem, inclusive, frequentar a escola.
O problema ficou mais complicado com o acúmulo de mais de 347 mil processos pendentes, um desafio que a Aima herdou do extinto Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Com brasileiros formando a maior parcela desses imigrantes, estima-se que cerca de 150 mil processos sejam de famílias do Brasil, que agora veem uma luz no fim do túnel.
A Aima está priorizando as crianças e adolescentes nesse esforço de regularização, reconhecendo que a educação e a integração desses jovens são cruciais. No entanto, a agência também admite que, devido a limitações operacionais, o atendimento a todas as demandas pode levar até 2025 para ser completamente normalizado.

Para as famílias que estão nessa situação, a paciência é essencial. Portugal tem uma política de não extraditar imigrantes ilegais, a menos que tenham cometido crimes, o que oferece algum consolo. Mas a notícia de hoje traz esperança de que, em breve, muitos poderão viver, trabalhar e estudar em Portugal sem a constante preocupação com a documentação.
Essa medida é um passo significativo para muitas famílias que escolheram Portugal como seu novo lar, oferecendo a eles a chance de finalmente regularizar sua situação e contribuir ainda mais para a sociedade portuguesa.
Fonte: Correio Braziliense