Crise no Oriente Médio Impacta Mudanças na Cidadania Portuguesa

Publicado em: 01/02/2024 às 23:14:03

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Presidente de Portugal pede revisão constitucional e congela Lei da Nacionalidade após aprovação no Parlamento.

A mais recente reviravolta no cenário político português está diretamente ligada às tensões no Oriente Médio, resultando em medidas impactantes para a cidadania no país. O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou as recentes alterações na Lei da Nacionalidade para o Tribunal Constitucional, congelando todo o processo à espera de um parecer crucial.

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Alterações Beneficiam Brasileiros Residentes em Portugal

A décima mudança na lei da nacionalidade não apenas redefine as regras para os descendentes de judeus sefarditas, mas também traz benefícios significativos para milhares de brasileiros que residem em Portugal há cinco anos. A nova regra altera a contagem do tempo de permanência, não mais considerando a partir da emissão da autorização de residência. Isso representa uma mudança fundamental para aqueles que aguardaram pacientemente pela documentação necessária.

Desafios Enfrentados pelos Descendentes de Judeus Sefarditas

A controversa parte do pacote legislativo inclui a exigência de que os descendentes de judeus sefarditas, além da ascendência, comprovem residência legal em Portugal por três anos. A certificação de pertencimento à comunidade sefardita seria agora homologada por uma comissão, e o novo processo se aplicaria retroativamente aos pedidos em andamento.

No entanto, a decisão do Parlamento não passou sem críticas. O presidente Sousa expressou preocupações significativas sobre as implicações dessa mudança, afirmando que pode agravar a situação dos reféns israelitas em Gaza que têm pedidos pendentes de concessão de nacionalidade portuguesa.

Desafios Constitucionais Congelam a Implementação

A advogada Isabel Comte explica que a fiscalização preventiva do Tribunal Constitucional sobre esse artigo específico congela não apenas a promulgação, mas também a regulamentação de todo o pacote legislativo. O parecer determinará se a alteração é constitucional ou não, e, se for considerada inconstitucional, a Lei da Nacionalidade será enviada de volta ao Parlamento para revisão.

Com o Parlamento dissolvido e eleições marcadas para março, a incerteza paira sobre o futuro da questão sefardita. A especialista em direito da cidadania, Isabel Comte, destaca a inconstitucionalidade da norma que se aplica a processos pendentes, alterando as regras retroativamente.

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Conclusão: A Nacionalidade Portuguesa em Espera

Enquanto aguardamos a decisão do Tribunal Constitucional e o desfecho das eleições, a Lei da Nacionalidade permanece congelada, representando não apenas um impasse constitucional, mas também uma incerteza para aqueles que esperam ansiosamente pela definição de seu status de cidadania em Portugal.

Fonte: O GLOBO