Escassez de mão-de-obra no setor de construção pode abrir portas para regularizar imigrantes

A construção civil em Portugal enfrenta uma crise preocupante: a falta de cerca de 80 mil trabalhadores. Esse déficit ameaça diretamente o cumprimento das metas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), essencial para a recuperação econômica do país.

Um dos fatores que agravaram a escassez de mão de obra foi o encerramento abrupto da manifestação de interesse para a regularização de residência, dificultando a entrada de imigrantes, que são fundamentais para diversos setores, especialmente o da construção civil. A demanda por trabalhadores levou o governo a considerar medidas emergenciais para facilitar a entrada de profissionais estrangeiros no país.

O Ministro da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, anunciou que o governo pretende criar “atalhos” para acelerar a entrada de pessoas que estejam aptas a trabalhar imediatamente. Embora os detalhes dessas medidas ainda não tenham sido divulgados, a expectativa é que essas ações aliviem a escassez de trabalhadores e ajudem a cumprir as metas econômicas estabelecidas.

O setor da construção civil, que já vinha recrutando trabalhadores de países como o Brasil, enfrenta desafios significativos. Embora as condições de trabalho sejam muitas vezes difíceis e os salários baixos, muitos brasileiros aceitam as oportunidades oferecidas em Portugal na esperança de regularizar sua situação no país.

A situação é crítica, e a resposta do governo será crucial para garantir que as obras em andamento não sejam paralisadas e que o plano de recuperação econômica seja bem-sucedido.

Fonte: O GLOBO – Portugal Giro