A comunidade de Creixomil, no município de Guimarães, está enfrentando um desafio assombroso à medida que uma invasão de percevejos asiáticos perturba a tranquilidade local. Residentes, angustiados com a persistência desse flagelo, estão instando autoridades locais a tomarem medidas imediatas e decisivas.
De acordo com Daniela Guimarães, defensora fervorosa dos moradores que lidera a elaboração de um abaixo-assinado, a infestação desses insetos começou recentemente e se multiplica rapidamente, criando um ambiente sufocante de incerteza e ansiedade. “Os percevejos estão se infiltrando nas fachadas dos edifícios e mesmo com portas e janelas fechadas, invadem nossos lares. Tarefas cotidianas, como secar roupas ou ventilar as casas, se tornaram tarefas impossíveis. Nossa comunidade está exausta e sente-se negligenciada pelas autoridades locais”, ressalta Daniela Guimarães.

Apesar das queixas registradas junto ao Ministério do Ambiente e da denúncia reiterada à Câmara de Guimarães, uma solução permanece evasiva, deixando os moradores em um estado de inquietação contínua.
Em resposta, o município, sob a liderança de Domingos Bragança (PS), informou à agência de notícias Lusa que medidas foram tomadas para investigar e resolver o problema. Embora alguns incidentes isolados tenham sido identificados e estejam sob avaliação, a espécie encontrada difere daquelas relatadas em outros locais, como na França, onde a infestação resultou no fechamento de escolas.
Apesar das medidas tomadas, as ações municipais não foram suficientes para conter o avanço implacável dos percevejos. Daniela Guimarães relata que, apesar da remoção de arbustos e ervas daninhas nos arredores, a limpeza adequada não foi realizada, deixando vestígios propícios para a proliferação dessas pragas.
Diante dos desafios apresentados, a Lusa buscou respostas do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que indicou que a questão é de saúde pública e controle de pragas, ultrapassando suas atribuições.
Enquanto a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) monitora de perto a situação dos percevejos asiáticos, a responsabilidade por lidar com os casos em residências é provavelmente da Direção Geral da Saúde (DGS), que precisa identificar corretamente o tipo de percevejo envolvido.

Relatos semelhantes de uma infestação em Braga aumentam a preocupação regional, levando a Câmara de Braga a solicitar a intervenção das entidades competentes, enquanto aguarda respostas para lidar com essa crise em curso.
Fonte: NOTÍCIAS DE COIMBRA