Publicado em: 25/04/2024 às 01:06:28
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Pronunciamento veio pelo atual presidente que fala em reparação.
No dia 22 de abril, enquanto o Brasil celebrava o Dia do Descobrimento, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, fez um pronunciamento histórico que reverberou em todo o mundo. Pela primeira vez, um líder executivo português reconheceu a responsabilidade de Portugal nos crimes cometidos durante a era colonial, particularmente no Brasil.
Em suas palavras, o presidente Rebelo de Sousa expressou um reconhecimento inequívoco da participação de Portugal em crimes como o tráfico de pessoas africanas, massacres de povos indígenas e saques de bens durante o período colonial brasileiro, que se estendeu de 1500 a 1822. “Portugal deve pagar por isso”, afirmou o presidente, assumindo a responsabilidade pelos danos causados.
Este pronunciamento marca um ponto de virada na história, já que é a primeira vez que um líder executivo português admite a culpa pelos crimes da era colonial. Este reconhecimento é de particular importância, considerando que Portugal foi responsável por traficar quase metade dos africanos escravizados pelos países europeus, totalizando cerca de 6 milhões de pessoas.
A declaração do presidente Rebelo de Sousa gerou grande repercussão nos meios de comunicação, destacando a importância deste momento histórico. Ainda mais significativo é o fato de que muitos dos crimes coloniais, incluindo aqueles mencionados pelo presidente, são pouco abordados no currículo escolar em Portugal.
No entanto, resta agora a questão crucial: como Portugal irá ressarcir os danos reconhecidos pelo presidente Rebelo de Sousa? Até o momento, nenhum plano formal foi comunicado. É importante recordar que o domínio colonial português não se limitou ao Brasil, mas também incluiu Angola, Moçambique, Cabo Verde, Timor Leste e partes da Índia. Como será que Portugal pretende compensar esses países pelos danos históricos causados?
Este é um momento de reflexão e, esperamos, de ação concreta para enfrentar os legados sombrios do passado colonial e construir um futuro mais justo e igualitário para todas as nações envolvidas.
Fonte: Portal G1
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