Primeiro Caso de Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo Confirmado em Portugal

Recentemente, foi confirmado o primeiro caso de Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo (FHCC) em Portugal. A doença foi diagnosticada em um idoso de mais de 80 anos, residente no distrito de Bragança, que infelizmente faleceu no Hospital de Bragança. A Direção-Geral da Saúde (DGS) esclareceu que, embora a situação seja séria, não há risco de surto nem de transmissão de pessoa para pessoa, pois trata-se de um caso raro e esporádico.

A FHCC é transmitida principalmente pela picada de carrapatos infectados, especialmente das espécies Hyalomma lusitanicum e Hyalomma marginatum, que estão presentes em diversas regiões de Portugal, como Trás-os-Montes, Centro Interior e Alentejo. Apesar disso, a DGS afirmou que o risco para a população é baixo, uma vez que o vírus não foi detectado em carrapatos no país até o momento.

Após a confirmação do caso, as autoridades de saúde iniciaram uma investigação epidemiológica e medidas preventivas, como a coleta de carrapatos na região onde o idoso vivia. Até agora, não foram encontrados outros casos ou pessoas com sintomas relacionados.

A Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo é uma doença grave, com uma taxa de mortalidade entre 10% e 40%, e seus sintomas incluem febre súbita, dores musculares e, em alguns casos, sintomas gastrointestinais. Para evitar o contágio, a DGS recomenda o uso de roupas que cubram a pele, repelentes e a inspeção cuidadosa do corpo após atividades ao ar livre.

A detecção de casos de FHCC na Europa tem aumentado nos últimos anos, especialmente em regiões mais quentes, como o sul de Portugal. A DGS, em parceria com outras entidades, continuará monitorando a situação e atualizando as orientações para os profissionais de saúde, garantindo uma resposta rápida e eficaz em casos suspeitos.

Fonte: Diário de Notícias.