Crise de Burnout: Médicos Portugueses Buscam Refúgio no Exterior

Publicado em: 18/12/2023 às 19:59:15

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Um em Quatro Internos Afetados, Enquanto Centenas de Médicos Planejam Deixar o País

A saúde em Portugal está enfrentando uma crise sem precedentes, conforme revelado por dados recentes que apontam que 25% dos médicos internos do país estão atualmente sofrendo de burnout severo. Ao mesmo tempo, a Ordem dos Médicos registrou um surpreendente aumento de mais de 450 pedidos de certificados de qualificação profissional, indicando uma preocupante migração de profissionais de saúde em direção a oportunidades além das fronteiras nacionais.

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Fuga de Talentos e Impacto nas Vagas de Internato:

A fuga de médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) tornou-se uma tendência inegável, com uma faixa etária significativa entre 30 e 40 anos liderando esse movimento em busca de melhores condições de trabalho e reconhecimento profissional. Essa diáspora médica se reflete ainda mais na recente desistência de mais de 400 vagas para internatos especializados, evidenciando uma lacuna crescente entre a demanda por especialistas e a disponibilidade de profissionais qualificados no sistema de saúde português.

Causas Profundas e Consequências Alarmantes do Burnout:

O estudo da Ordem dos Médicos destaca não apenas a extensão do burnout entre os médicos, mas também suas causas profundas. Longas jornadas de trabalho, falta de autonomia e o constante desequilíbrio entre a vida profissional e pessoal emergem como fatores-chave que contribuem para a exaustão emocional e mental dos profissionais de saúde. Mais de 400 médicos, representando um quarto dos jovens médicos em formação, enfrentam sintomas graves de burnout, enquanto mais da metade está em risco iminente de desenvolver a síndrome.

A Realidade nas Especialidades Hospitalares:

A crise atinge seu ápice em especialidades hospitalares críticas, como Anestesiologia, Cirurgia Geral e Medicina Interna, onde os níveis de burnout ultrapassam os limites alarmantes. A sobrecarga de trabalho e as condições adversas estão levando a uma situação insustentável, com potenciais implicações na qualidade dos cuidados de saúde oferecidos pelos médicos.

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Resposta da Ordem dos Médicos e Apelos à Intervenção Governamental:

Diante dessa crise iminente, a Ordem dos Médicos está propondo uma série de medidas, incluindo a criação de tempo protegido para estudo autônomo, a revisão abrangente das grelhas de avaliação do internato médico e a implementação de estratégias para facilitar o acesso ao apoio psicológico aos médicos em formação.

A comunidade médica está agora voltando sua atenção para o governo português, clamando por uma resposta imediata e abrangente. A falta de ações concretas pode resultar em um colapso contínuo do sistema de saúde, prejudicando não apenas os profissionais dedicados, mas também a população que depende desses serviços essenciais.

Em um momento crítico como esse, a sociedade espera uma liderança eficaz para garantir a sustentabilidade do Sistema Nacional de Saúde e preservar a integridade física e mental daqueles que são fundamentais para o bem-estar da nação.

Fonte: SIC Notícias