Brasileiros dominam mercado de trabalho em Portugal: conheça o perfil de quem está empregado

Publicado em: 25/08/2024 às 02:29:22

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Os brasileiros representam quase metade dos imigrantes no mercado de trabalho em Portugal, sendo a maior força de mão de obra estrangeira no país. Segundo dados do Banco de Portugal (BdP), dos 495 mil trabalhadores imigrantes registrados na Segurança Social, cerca de 210 mil são brasileiros, ou seja, aproximadamente 42% do total.

Este número é ainda maior quando consideramos que os dados não incluem brasileiros e outros imigrantes que são empreendedores. Com mais de 600 mil brasileiros vivendo em Portugal, a presença dessa comunidade é significativa, tanto em número quanto em impacto no mercado de trabalho.

O Boletim Econômico do BdP de junho de 2024 mostrou que o número de brasileiros empregados cresceu 58,5% em 2022 e 43% em 2023. Esse aumento acompanha a regularização de brasileiros no país, que tem crescido desde 2017, apesar das dificuldades burocráticas enfrentadas.

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A maioria dos brasileiros em Portugal tem entre 25 e 45 anos, com uma idade média de 34 anos, o que contribui para o rejuvenescimento da população local. As mulheres representam 44,3% da força de trabalho brasileira em Portugal, uma participação maior que a das estrangeiras em geral, que é de 36,7%.

Em termos de educação, cerca de 25% dos brasileiros têm ensino superior, enquanto metade completou o ensino médio, sendo esta última faixa a que concentra a maioria dos empregados. Os brasileiros estão empregados em diversos setores, com destaque para o turismo, que inclui gastronomia, e que enfrenta uma crise de mão de obra no país.

Apesar da importância dessa força de trabalho, o estudo do BdP ressalta que os imigrantes, em média, ganham menos que os portugueses. Em 2023, os salários dos imigrantes ficaram próximos ao mínimo (€ 760), enquanto os portugueses ganhavam entre € 902 e € 945.

A presença dos brasileiros no mercado de trabalho português é, sem dúvida, um fator crucial para a economia do país, refletindo não apenas na diversidade da força de trabalho, mas também na contribuição para setores chave da economia.